quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ENTREVISTA AOS ZONA 5

Obie, Abd, Fabious, GM e o DJ Bruno AG (Zona 5)

Dos cinco, dois são mais faladores. Fábious — ou simplesmente Fábio — e Abd — uma espécie de diminutivo para Abdulai — assumem a dianteira e abrem a sua própria Caixa de Sonhos, nome do primeiro disco, que, “se tudo correr bem”, deve conhecer em Dezembro o seu sucessor. Para já fica o single de avanço “Dia do Homem”.

VIVER DA MÚSICA

“Eu, o Abd e o Ob, que somos vizinhos, trouxemos os dois outros elementos e decidimos formar a banda”, resume Fábious. Contado desta forma até parece simples e embora não tenha sido assim tão linear, o percurso da fundação ao primeiro disco acabou por ser relativamente rápido. O impulso do “Kalibrado” Vui Vui terá sido determinante. Ou não tivesse partido dele o convite para integrar a produtora Mille Mambos. O disco saiu e o público aceitou-o bem. Seguiram-se os concertos de apresentação por Angola e uma passagem por Portugal.

Viver da música tornou-se possível e hoje os “cinco” orgulham-se de conseguir dedicar todo o seu tempo a fazer aquilo de que mais gostam. “Somos músicos a tempo inteiro e orgulhamo--nos disso”, sintetiza Abd, que reconhece que “apesar de não conseguirmos ter o nível de vida que têm os rappers nos Estados Unidos, por exemplo, vivemos bem. Viver da música é uma aventura, porque o que nos move é a paixão. É um sonho do qual eu espero não acordar tão cedo”, diz convicto.

LOUCOS POR RAP

Gm tomou-lhe o gosto influenciado pelas músicas que a irmã mais velha lhe mostrava. Fábious deixou--se levar pelo movimento da sua rua: era vizinho de Paul G, na altura ainda dos SSP, e o beat estava na porta ao lado. Todos têm a sua própria história e o click de Abd é sintomático de como há momentos na vida que fazem a diferença. “Com 16 ou 17 anos ouvi por acaso uma música do Gabriel o Pensador. Chamava-se “O Resto do Mundo”. Lembro--me que fiquei de tal forma hipnotizado que passei dias seguidos a ouvir aquilo”.

Tocado pelos versos do músico brasileiro – “vivo na solidão mas não tenho privacidade e não conheço a sensação de ter um lar de verdade” - começou a investigar sobre este estilo musical — “Comecei a ouvir mais e mais rap”, sublinha.

Numa cidade — Luanda — sobrelotada, com carências a vários níveis, o rap, a música de intervenção urbana dos nossos dias, torna-se uma forma directa de crítica social, especialmente para os jovens. “Um músico é um educador”, acredita Fábious, para quem fazer música é também um exercício de responsabilidade.

“Música é educação. Quando escrevemos uma música tem que haver sempre um trabalho de investigação, porque tudo aquilo que vai para os órgãos de comunicação é consumido por pessoas de todas as camadas sociais e de todas as idades. Um músico sem responsabilidade, sem a capacidade de fazer uma filtragem àquilo que diz, pode estar a prejudicar, em vez de contribuir para melhorar”.

Não se pense, contudo, que a música dos Zona 5 é, para usar a língua adequada, underground – dirigido a um público minoritário muito específico, sem preocupações comerciais. Se os quisermos definir com precisão, então mainstream — “corrente dominante”, numa tradução mais ou menos literal — é a palavra correcta.

Sobre os temas desse movimento de massas, defende Fábious que “tudo pode dar um bom rap, desde que seja bem feito”. Não há, portanto, assuntos tabu, nem que, para isso, se caia no mais puro egocentrismo. “O rapper por si só tem uma auto-estima muito alta e há sempre um estilo em que nos vangloriamos a nós próprios”, confessa.

ANGOLA EM ALTA

Apesar de longe dos padrões da potência norte-americana, o mercado discográfico em Angola tem evoluído. É pelo menos esta a convicção dos Zona 5, para quem o “país tem estúdios equipados com o que de melhor existe em tecnologia”. Abd vai mesmo mais longe, ao defender que para se produzir um álbum de qualidade já não há necessidade de ir ao estrangeiro. “Já se faz muito em termos qualitativos e quantitativos. 2008 foi o ano em que saíram mais álbuns de rap. Os rappers já têm oportunidade de apresentar cada vez mais obras. Isso mostra que se tem vindo a trabalhar bem, o que é diferente de dizer que tudo o que sai é bom”, sublinha.

SECTOR MAIS PROFISSIONAL

Reconhecendo, por exemplo, o papel de grupos como os SSP, Abd acha que muito mudou desde os anos de “Olhos Café”, o primeiro sucesso da bem sucedida boysband. “Eles abriram-
-nos as portas e serão sempre reconhecidos como os pioneiros, mas de lá para cá têm aparecido bons valores, rappers com muita qualidade a apresentarem bons discos”.

A profissionalização do sector tem contribuído para que os vários agentes, dos músicos aos produtores, sejam mais exigentes com o produto final que fazem chegar ao mercado. A “concorrência aumentou e a exigência também”. Quem ganha é o país e “se todos os músicos fizerem a sua parte, este grande império que é a cultura angolana tem tudo para seguir em frente”.

Mas nem tudo está bem no sector. Entre as principais debilidades salientadas pelos Zona 5, está a não distribuição dos álbuns fora de Luanda. “Os álbuns são vendidos em Luanda e pouco mais. É muito difícil colocar um álbum à venda nas províncias”, alerta Fábious. “Muitas vezes os músicos é que têm de levar os próprios CD para fora da capital”.

O desenvolvimento que os ‘cinco da Maianga’ esperam da música é o que desejam também para o país. É por isso que vêm com bons olhos o progresso que chega a todo o território. De entre as conquistas da paz, a mobilidade é aquela que mais os entusiasma. “O direito à livre circulação é muito gratificante”, orgulha-se Abd que recorda que só começou “a conhecer as províncias depois de termos paz”. “Hoje tenho o prazer de conseguir ir a Benguela só para dar uma volta”, acrescenta Fábious.

“Eu sei que parece muito pouco. Mas é algo que para nós tem um significado muito grande. Que nos tem ajudado a compreender melhor quem somos como angolanos e como africanos”, diz Abd.

A VIDA EM GRUPO

Não é fácil a vida em grupo. Cinco cabeças a pensar produzem, não raras vezes, outras tantas ideias.

Saber gerir os conflitos que “naturalmente vão surgindo” é a chave para uma boa convivência. Caso contrário é a própria existência da banda que pode estar comprometida.

A amizade faz metade do trabalho e leva-os a conviver para lá dos ensaios e dos palcos. De noite é frequente encontrarem-se “à porta do prédio do Fábio” e por 
lá ficarem a conversar.

A ligação é tão grande que dois dos elementos do grupo são os padrinhos dos filhos de Abd. De resto, a questão acaba por ser motivo de piada, com Abdulai a prometer fazer “mais dois” para que todos fiquem satisfeitos.

Em situações de crise, usam do companheirismo de muitos anos e apelam a soluções antigas para problemas actuais. “Passamos muito pela analogia. Para problemas iguais usamos soluções que já resultaram no passado”, confidencia Fábious. Uma regra é de ouro: “a nível profissional os problemas acabam no estúdio”.

A INTERNACIONALIZAÇÃO

Por enquanto, nenhum dos elementos dos Zona 5 admite ter planos para seguir o seu caminho sozinho. O futuro da banda está assim, pelo menos a médio prazo, garantido. Mas porque o futuro é incerto, ninguém descarta a possibilidade de surgirem outros projectos.

“Antes de nos lançarmos na produção deste segundo disco sentámo-nos todos e decidimos que era mesmo isto que queríamos fazer”, recorda Abd. “Não seria saudável pensar numa carreira a solo agora”.

Um dia, “quem sabe”. “Se daqui a uns anos alguém quiser tirar um CD a solo, vai contar com o nosso apoio. Podemos parar durante um determinado período e cada um trabalhar no projecto que quiser, mas esta será sempre a nossa casa”, diz.

Enquanto esse tempo não chega, os rapazes dedicam-se a sonhar e a trabalhar para que os sonhos se tornem realidade. “A trabalhar muito”, concordam os cinco elementos em uníssono.

Por enquanto estão “inteiramente dedicados” ao tal novo álbum, ainda sem nome escolhido— ou revelado. Depois, quando Angola já for demasiado pequena, hão-de querer partir à conquista do mundo que fala a língua de Camões. A experiência única que tiveram em Lisboa é para repetir e por isso, defende Fábio, a “Internet terá um papel fundamental para a divulgação do grupo lá fora”.

Enquanto aguarda pelo dia da definitiva internacionalização, Abd vai aspirando a um concerto exclusivo, “com o maior número de pessoas possível e onde pelo menos um terço saiba cantar as nossas músicas”. Duetos com Sara Tavares ou Ruy Mingas, partilhar o palco com Jay Z, Boss Ac e Paulo Flores são os desejos que fazem parte da “Caixa de Sonhos” deste grupo de “cinco” para quem o céu não é o limite.

DOS SONHOS À REALIDADE

O primeiro álbum da banda Caixa dos Sonhos foi lançado 
em Abril de 2008. “Olhos Café” foi o tema mais popular. 
Agora é a vez da música “Dia do Homem” estar na boca 
de Angola. A canção é um aperitivo para o novo álbum 
a lançar em Dezembro. O vídeo já foi gravado e, em breve, 
será apresentado ao público.

RITMO E POESIA

Como qualquer revolução que nasce na rua, não é possível precisar o local e a data exactos onde e quando nasceu o género musical que se convencionou apelidar de rap. O rhythm and poetry (rap) terá tido os seus primórdios na Jamaica.

Encontramos no funk e no jazz os “antepassados” deste estilo musical, que também bebe inspiração no toast – um género que consiste em fazer versos sobre uma versão instrumental.

As primeiras gravações de rap datam do início dos anos 70. Last Poets e Gil Scott Heron são os pioneiros. As questões raciais, numa América onde a segregação racial era uma realidade, fizeram do rap um bastião pela luta contra as desigualdades sociais. Antes dos contemporâneos beats electrónicos era comum as letras serem acompanhadas por percussão tradicional africana.

Da Jamaica para os guetos nova-iorquinos e da “cidade que nunca dorme” para o resto do mundo, o rap é hoje um género sem fronteiras, movendo milhões de adeptos nos cinco continentes. Angola é um dos seus palcos por excelência.

Um músico é um educador. Fazer música também é um exercício de responsabilidade.

Os SSP abriram as portas.
Mas desde então têm aparecido rappers com muita qualidade.

Queremos organizar um concerto exclusivo, com o maior número de pessoas possível e onde pelo menos um terço saiba cantar as nossas músicas.

ZONA 5 - ÀS ORIGENS

Os Zona 5 foram fundados em 2005. Até então, Fábious e Abd pertenciam ao grupo Click Lv e Obie à Romw Squad. Gm e Dj Bruno AG mantinham projectos a solo.
A formação do grupo Zona 5 surge a convite de Obie a Fábious. Ao saber do projecto, Abd mostrou-se interessado e acabou por integrar o colectivo.

Meses depois, o grupo junta-se à produtora Mille Mambos, responsável pelo lançamento de outros nomes da música, entre os quais pontificam os Kalibrados.

O seu primeiro álbum de originais, Caixa dos Sonhos, compila músicas com temas tão diversos como as diferenças sociais, as opções sexuais e a discriminação racial.
fonte:RevistaPlatina

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ENTREVISTA AO JAY-Z [PT. 1]


A super estrela Jay-Z é um artista de hip-hop e empresário. O magnata da mídia ganhou nove prêmios Grammy e nove MTV Video Music Awards. Ele é o fundador da Roc-A-Fella Records e da marca de roupas Rocawear, e ele é o ex-CEO da gravadora Def Jam. Hoje, Jay-Z também é co-proprietário do New Jersey Nets clube de basquetebol e é casado com a cantora-sensação Beyonce.

Em 2003, ele se reconciliou com o pai, Adnes Reeves, pouco antes da morte de Reeves. Nesse mesmo ano, ele começou a colocar sua fortuna para caridade , criando fundação Shawn Carter, quem e concedido bolsas de estudos para jovens carentes e ex-presos que esperam ingressar na faculdade. Em 2006 ele juntou-se as Nações Unidas para aumentar a consciência jovens e do mundo da escassez de água em todo o mundo. E em 2008, após seis anos de namoro, ele se casou com a cantora Beyoncé Knowles. Lidera quase todas tabelas do mundo com o seu novo álbum "The Blueprint 3".
É também responsável por carreiras como Ne-Yo, Rihanna, Kanye West, The Dream, e tantos outros. Em entrevista para revista Oprah ele falou de Beyonce, drogas, seu Pai, sobre a palavra N e muito mais. Acompanhe a entrevista traduzida e adaptada em português que Oprah Winfrey Teve em Brooklyn, bairro daquele, que é considerado um exemplo a seguir pelo rappers, Jay-Z.

Oprah: Todos nós carregamos memórias que são acionados quando voltamos a uma casa de infância. Quais são suas melhores lembranças daqui?

Jay-Z: a lembranças são imensas: é aqui onde eu aprendi a andar de bicicleta. Eu aprendi a andar a que tinha dez velocidades quando eu tinha 4 ou 5 anos. Meu tio me deu a bicicleta.

Oprah: Você poderia montar bicicleta com dez velocidades quando tinhas 5 anos ?

Jay-Z: eu era muito pequeno e tinhas os pés pequenos para alcançar os pedais, então eu coloquei as minhas pernas com o V da moldura. Eu era famoso. A criança que poderia montar a bicicleta dez velocidade.

Oprah: Uau. Isso é uma grande memória. Tem mais alguma ?

Jay-Z: O barco. Por alguma razão, havia um barco abandonado neste bloco. Nós costumávamos brincar sobre ele o tempo todo, todo dia.

Oprah: Você sabe, eu também cresci pobre, mas rural e pobre é diferente . Você sentia pobre?

Jay-Z: não de todo . Provavelmente a primeira vez que estava na escola quando eu não poderia ir com um novo tênis. Nós não tivemos refeições em condições , mas nós nunca ficamos sem comer . Comemos um monte de frangos. Porque o frango era barato , nos tivemos tantas refeições com frango , era tudo frango. Até hoje, só posso comer pequenos pedaços se não já me causara em enjôos.

Oprah: Isso é muito frango na vida (risos) . Então, quando você tinha 5 anos , sua família mudou-se para os subúrbios de Marcy e, em seguida, deixa de ver o seu pai quando tinha 11 anos. Quando você olhar para trás, e vê o que aconteceu, quando tinhas 11 anos como você sente?

Jay-Z: Com raiva. De todas a situação. Porque quando você está crescendo, seu pai é seu super-herói. E eu perdi o amor de alguém que você não quer nunca perder, e você nunca quer experimentar a dor novamente. Então, eu me lembro apenas sendo realmente tranquila e muito frio. Eu carregava esse sentimento ao longo da minha vida, até que me encontrei com o meu pai antes de morrer.

Oprah: Uau. Eu nunca ouvi uma frase de um homem assim. Você sabe, eu fiz muitos programas sobre o divórcio, e o crime real é quando as crianças não são contadas. Eles simplesmente acordam um dia e seu pai está desaparecido. Isso aconteceu com você?

Jay-Z: Disseram-nos que os nossos pais iriam separar-se, mas os motivos não foram explicados. Minha mãe preparou-nos mais do que ele fez. Eu não acho que ele estava pronto para esse nível de discussão e de emoção. Ele era um homem que era muito independente de seus sentimentos.

Oprah: Você quis saber por que ele deixou?

Jay-Z: Eu resumi tudo que eles não estavam se entendendo. Houve muita discussão.

Oprah: E você sabia que você estava com raiva?

Jay-Z: sim. Também me senti protetor da minha mãe. Lembro-me de lhe dizer: "Não se preocupe, quando eu crescer, eu vou cuidar disso." Eu senti como eu tinha que acelerar. Eu tinha 11 anos, certo? Mas eu senti que tinha que fazer a situação melhorar.

Oprah: Como foi que mudou?

Jay-Z: Isso me fez não expressar meus sentimentos. Eu já era um garoto tímido, e isso fez-me um pouco solitário. Mas também me fez independente. E mais forte.

Oprah: Eu li que quando tinha 12, você atirou em seu irmão no ombro. O seu pai que estava saindo teve alguma coisa ver com isso? Será que o menino cheio de raiva ajudou você disparar sobre o seu irmão ?

Jay-Z: Sim, e meu irmão estava lidando com um monte de demônios.

Oprah: Quantos anos ele tinha?

Jay-Z: Cerca de 16. Ele estava fazendo muitas coisas ruins . Ele estava levando o a mobília l de nossa família. Eu era o mais novo, mas eu senti que precisava proteger a todos.

Oprah: Era uma família disfuncional?

Jay-Z: Olhando para trás, acho que foi completamente disfuncional. Mas eu não tenho esse sentimento até que eu comecei adolescência, quando vivíamos nos subúrbios de Marcy.

Oprah: Como você foi na escola? Ouvi dizer que quando você estava na sexta série, que testou entrar para o 12 º ano.

Jay-Z: Eu estava entediado e distraído.

Oprah: Você não gostou nada da escola?

Jay-Z: Eu amei Inglês.

Oprah: Eu sei você gosta de ler agora. Livros foram parte de sua infância?

Jay-Z: Não. Eu não me lembro disso.

Oprah: E eu pensei que tínhamos muito em comum!

Jay-Z: Eu sonhava muito.

Oprah: sobre o que?

Jay-Z: jogar basebol e basquete. Eu levei a minha mente para fora do meu ambiente, ao ponto onde eu não estava prestando atenção ao que estava acontecendo ao meu redor. Eu continuo a fazer isso agora.

Oprah: Você não escutavas as lições das aulas, você não leu os livros e você ainda fez teste para entrar como um aluno da 12 serie(classe). Você deve ter um QI elevado, naturalmente.

Jay-Z: Ou, eu sou um idiota inteligente.

Oprah: Então, quando você começou a fazer rap?

Jay-Z: Eu provavelmente comecei por volta dos 9 anos -mas eu estava apenas brincando.

Oprah: Foram os rappers em seu bairro seus modelos para seguir com a carreira de rap ?

Jay-Z: Os traficantes foram meus modelos. Rappers não tinham sucesso so ainda. Eu me lembro da primeira vez que vi o Sugarhill Gang no Soul Train. Eu tinha 11 ou 12. Como é que eles aparecem na TV nacional?" E então, quando eu era um pouco mais velho, um rapper do bairro teve um contrato de gravação. Fiquei chocado. "Eles estão dando-lhe dinheiro para fazer isso?" Devido a essa altura, a música tomou conta de todo o bairro. Assim como crack tinha antes, agora essa música tinha tomado conta. Todo mundo era ou DJ ou rappava .

Oprah: E rap veio naturalmente para você?

Jay-Z: Foi um presente. Eu tinha um caderno cheio de material. Foi apenas uma coisa improvisada, alguém encontrou alguns papéis, coloque um clipe de papel sobre eles, e me fez um notebook.

Oprah: Por favor, me diga que você ainda tem esse notebook.

Jay-Z: eu espero.

Oprah: Então me diga como você entrou no tráfico de drogas.

Jay-Z: Era natural. ...

Oprah: Porque os traficantes de drogas foram seus modelos. Não havia um professor ou um advogado ou um enfermeiro ou um médico ou um contador no bairro?

Jay-Z: Os traficantes acabavam sendo os heróis dos garotos, já que não havia professores, médicos ou qualquer outro profissional negro morando no bairro Bem, nós estávamos vivendo em Marcy até então, "Caso as pessoas se tornassem algo na vida, eles se mudavam e nunca mais voltavam para compartilhar sua sabedoria. É por isso que eu sempre disse que ia ser bem sucedido, para poder voltar lá e mostrar o que se pode fazer”,

Oprah: Então você não teve positivo modelo de negros ?

Jay-Z: Só a minha mãe. Ela trabalhava em dois empregos e não o que ela queria mas tinha que fazer isso por nos tinha que fazer por nós.

Oprah: Será que você aspirava a ser um traficante de drogas?

Jay-Z: Bem, não. Ninguém quer ser um traficante de drogas. Você não quer trazer problemas para a porta de sua mãe, mesmo que isso é o que você está fazendo. Você aspira o estilo de vida que você vê ao seu redor. Você vê o BMW verde, o carro mais bonito que você já viu. Você vê as armadilhas do tráfico de drogas, e ele desenha pra dentro

Oprah: Quantos anos você tinha quando você se envolveu?

Jay-Z: Talvez 13.

Oprah: Você percebe que poderia custar-lhe a sua vida?

Jay-Z: Em minha mente, que não estava se arriscando muito. Você pensa: "Se eu estou vivendo como este, eu vou arriscar qualquer coisa para conseguir mais. Qual é o pior que poderia acontecer?"

Oprah: Você podia morrer.

Jay-Z: Sim, mas você não pensa nisso na altura.

Oprah: você viu pessoas a levarem tiros?

Jay-Z: Definitivamente, eu vi um homem a levar um tiro quando eu tinha 9 anos. E ele nem sequer era um homem mau. Seu nome era Benny. Ele foi a pessoa que nos levaria a jogar beisebol. A gente sempre acreditou que poderia ter feito isso para as majors. Ele era muito bom. Um homem foi persegui-lo e então eu ouvi um tiro e vi-o no chão.

Oprah: É irônico é que você, é um traficante de drogas, não podia confiar os homems da indústria fonográfica, como se não tivessem integridade!

Jay-Z: Exatamente.

Oprah: Como você define a integridade?

Jay-Z: Como fazer a coisa certa.

Oprah: Portanto, não há honra entre ladrões e traficantes de drogas.

Jay-Z: Eu nunca entendi que dizer. Porque os ladrões, sabe -

Oprah: Eles são ladrões.

Jay-Z: Eles são ladrões.

Oprah: Você não pode confiar neles.

Jay-Z: certo . Mas nas ruas há um certo nível de respeito. Se dois traficantes de drogas mais de um certo nível, elas mostram um certo respeito quando vêem uns aos outros. É mau negócio para eles serem rivais.

Oprah: Significando que há uma hierarquia nas ruas.

Jay-Z: É claro.

Oprah: Bem, como você decidir deixar as ruas para ir para o lado bom?

Jay-Z: Comecei a ver as pessoas indo para a cadeia e a serem mortas, e à luz lentamente se aproximou. Eu era como, "Esta vida não tem final feliz."

Oprah: Isso é tão fascinante para mim. Porque o crack teve efeito negativo com a comunidade, os traficantes de drogas foram uma parte disso. Quando você estava lidando, você não se via como uma parte do problema?

Jay-Z: Não enquanto eu estava na mesma. Eu não sabia o que estava a ter efeito sobre a comunidade. Costumávamos dizer o tempo todo: "homem, sua vida está toda desarrumada, ela costumava ser tão bonita. Ela estava bem há seis meses. Olhe para ela, está acabado". Mas você nunca pensou que contribuíram para isso.

Oprah: Como isso é possível?

Jay-Z: Você está apenas nela. Então, no fundo, e tão jovem, que nunca esse tipo de introspecção acontece. É apenas uma vida. E é rápido.

Oprah: Olhando para trás nessa hora, você tem arrependimentos?

Jay-Z: Bem, qualquer pessoa é responsável pelo conhecimento que eles sabem, né? Então, é claro que eu faço, agora, sabendo. Mas na época eu não tinha conhecimento do mesmo.

Oprah: Foi apenas uma forma de vida. Uma forma de sobrevivência.

Jay-Z: Para ser honesto, eu não posso dizer isso. Nesse ponto, foi além da sobrevivência. Eu fui bem sucedido. Não era como eu estava fazendo isso para alimentar a minha família mais. Eu estava comprando carros e jóias e coisas assim. Eu tinha me tornado viciado no estilo de vida.

Oprah: Quantos anos você tinha quando percebeu que a vida não tinha bom final?

Jay-Z: Cerca de 20. Eu estava tentando fazer a transição das ruas para o negócio da música, E eu comecei a perceber que eu não poderia ser bem sucedido até que eu deixe a vida das rua . Minha mãe sempre me ensinou, você sabe os meninos ouvia suas mães muito, ela dizia que tudo o que você colocar em alguma coisa é o que você vai conseguir sair dela. Isso foi um salto de fé para mim.
fonte:ResvistaPlatina

EVITE VÍRUS DESACTIVANDO O "AUTORUN"


Li esse mambo no blog do boy Cognitivo (www.ultracognitivo.blogspot.com) e decidi postar aqui também porque achei o mambo bué interessante, e até porque já sofri bué com esse mambo de "autorun". Sem mais blá blá blá vamos ao post.

O grande problema do autorun habilitado é a execução automática dos vírus que infectam o arquivo autorun.inf

Pessoal, este é outro caso que acaba contaminando os computadores com vírus vindos através de pendrives. O vírus acaba infectando o arquivo de inicialização automática da própria pendrive.
Com isso, quando a pendrive é espetada na porta USB do seu equipamento, o vírus é automaticamente executado e infecta o seu PC.

Para evitar esta execução automática, busquei informações na internet e efetuei testes em meu equipamento. Funcionou perfeitamente, não ocorre mais a execução automática do pendrive quando conecto ao meu PC.

O procedimento é simples, mas deve ser executado com cuidado, já que deve ser efetuado no Registro do Windows.

Vamos aos passos:

Clique em Iniciar - Executar. Digite Regedit e clique em OK.
Na tela de Registro do Windows, clique em: HKEY_CURRENT_USER
Após, clique em SOFTWARE
Clique em MICROSOFT
Clique em WINDOWS
Clique em CURRENTVERSION
Clique em POLICIES
Clique em EXPLORER
No lado direito da tela, clique em NoDriveTypeAutoRun. No meu caso, o valor que estava configurado era 91. Alterei para 95. Reiniciei o micro e não houve mais execução automática da pendrive. Em alguns lugares na internet, ví escrito ao contrário. As pessoas informaram que o número padrão era o 95 e foi alterado para 91. Enfim, testem em seu equipamento, o importante é que o procedimento bloquei a execução automática e evite futuras dores de cabeça por contaminação.
Créditos absolutos ao blog INFOAUX SECURITY

STRAIGHT KILLA - VERÃO MUITO KENTE [mixtape 2009]


Tracklist

01. Intro (Cry Now)
02. Work Magic
03. Piggy Bank (Dissin Kelson Most Wanted, Addy Buxexa)
04. Meu 8 Sentido
05. U Da' Fucking Best
06. 718 Nigga!!!
07. Baggage Claim
08. Outro (Paper Planes)
09. Respira - Bnh (Boys N Hood) (Bonus Track)



domingo, 27 de setembro de 2009

B CLICK - ACIMA DE TUDO [promo tracks]


"Acima de Tudo" é o título da mixtape dos niggas da B Click (Benfica - Lubango). Pra hoje deixo aqui apenas 3 tracks extraídas desta mixtape, mas prometo disponibilizar a mix completa em breve. Curtam o mambo...

Tracklist

01. Tu Não Aguentas
02. Movimento
03. Quem Manda Na City ft. Divino Magno

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NGA vs MADKUTZ [brevemente]

NEW SOULJAS - NÃO SOU TEU BANCO GIRL [promo track]


"Não Sou Teu Banco Girl" é o título desta música que nos veio do forno da Thug Click (New Souljas) onde eles mandam umas dikas reais destas damas interesseiras, a track conta com a participação do Rupper e do Diplomatta, e foi produzida pelo Hida The Real. Curtam o mambo...

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LONDA SABINO - TE QUERO FT. SARISSARI [vídeo]

ANALOGICOS - PLANETA ANALOGICO

Tracklist

01. Intro
02. Analogia Lírica
03. Tributo Aos mortos
04. Sucker Mcs Gotta go
05. Xpedixão Mental
06. Técnicas Especiais (Com Sun Wen& K.C)
07. Rap Killaz
08. That's Love
09. Eu Tenho Flow Nigga
10. Sera???
11. Freestyle (Giving Them The Definition Of Skill)
12. Pros Mos Niggaz
13. Atrofio Pt2 Feat Pit Mc
14. Ultimato

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JD - VÃO BATER MAL FT. YURI DA CUNHA [música + vídeo]



DOWNLOAD TRACK

sábado, 26 de setembro de 2009

MAD CONTRÁRIO - MADLÂNDIA


Oontem foi a data da venda da compliação "Madlândia", do grande produtor Mad Contrário, o Espaço Bahia foi pequeno para albergar todo o pessoal que estava interessado em comprar a cena e assistir a apresentação de beats ao vivo de Mad Contrário e DH.

Este projecto arrancou no ano de 2008, mas por problemas alheios ao Mad, só agora foi possível lançar a cena, é certo que alguns emcees mostraram alguma evolução desde aquela altura até à data mas não perderam a mensagem, originalidade e o brilho.

Aconselho-vos a comprarem a cena, por isso vou deixar aqui 4 músicas extraídas do cd para incentivar-vos.

Tracklist

01. Abdiel - A.B.D.I.E.L
02. Lukeny Fortunato - Hip Hop Até O Último Dia
03. Polivalentes - Documentário
04. Vui Vui - Tu És Real Como Eu

DOWNLOAD [usaupload]

DOWNLOAD [sharex]
fonte:LusoHipHop

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

DRAKE - FOREVER FT. LIL WAYNE, KANYE WEST E EMINEM [vídeo]

KANYE WEST QUER SE LIVRAR DO ÁLCOOL


Depois de beber uma garrafa de conhaque "Hennessy" e causar um grande constrangimento à Taylor Swift no MTV Video Music Awards (clique aqui pra ver), Kanye West contratou um conselheiro e já pensa em se internar numa clínica de reabilitação para largar o vício do álcool assim que a turnê “Fame Kills Tour”, ao lado de Lady Gaga, acabar em janeiro.

De acordo com o “Popcrunch”, Kanye West teria caído de cabeça (ou melhor, de boca) no vício do álcool após a morte de sua mãe, Donda West, em novembro de 2007. “A bebedeira dele está cada vez pior e quando ele bebe muito, ele consegue se tornar maldoso e detestável”, “Se ele não procurar ajuda logo, as coisas podem sair do controle”, “Kanye está com medo de ir para a reabilitação, mas ele sabe que precisa de ajuda e andando na direção correta”, revelou um amigo do rapper a revista “Star”.

JD - É SHOW FT. PETTY


Curtam o novo som do boy JD, "É Show" que conta com a participação da Petty (dos Makongo). Curtam o mambo...

DOWNLOAD

fonte:CurtoCircuito

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

NOITE E DIA - TÁ MALUCA [vídeo]

ENTREVISTA AO ABDIEL


Ele é aquele que até pode se desequilibrar mas nunca cai... Lírico t.c.c Troglodita Verbal t.c.c Porta-voz do Maculusso t.c.c O Fresco do Momento, mais fresco que nunca após o lançamento do 2º Volume da Mixtape “O Especialista”, trazemos esta entrevista com Abdiel, numa cortesia da suspeita do costume... Miss Djei.

Quando e como surgiu o seu interesse pelo hip hop?
Foi por volta de 95/96, os Fugges tinham acabado de lançar o álbum, havia um vizinho que tinha o cd e falava muito sobre eles. Então comprei também ouvi e explorei esse álbum até ao tutano. Havia também um programa na LAC que por vezes passava o álbum inteiro de um artista. Nessa altura, gravei em cassete o segundo álbum do Nas, gravei “All eyes on me” do Tupac, assim como o 1º álbum do Snoop Dogg, ouvi e desde então ganhei o gosto. Ia tentando fazer umas rimas de leve.
Depois disso, fiz parte do grupo “Garotos Furiosos”, da terra nova, formado por mais ou menos 7 pessoas. Eu era o menos profissional, estava nisso há muito pouco tempo. Talvez por esse motivo decidi aperfeiçoar o game. Ouvi muito SSP, Gabriel o Pensador, e o primeiro álbum dos Black Company. Tudo o resto foi consequência.

Com todo este tempo no movimento, pode fazer uma analogia entre o rap daquela altura e o actual?
Relativamente ao rap de antes, não havia tanta falsidade. Falar de rap hoje, é falar de magalas, sorrisos falsos, ratos (mordem e sopram). Antes havia realmente movimento, haviam os shows, o Miguel Neto na LAC apresentava hip hop com uma certa frequência.
Haviam os freestyles, com Click LV, Bob da Rage Sense, Raf Tag, Shunoz. Hoje, os rappers olham pra um determinado artista tentando se identificar com algo que ele diga ou faça, atiram “dicas” em direcção a ele por vários motivos: pra provocarem beefs, ganhar atenção das pessoas, enfim. Quando são confrontados negam, dizem que não o fizeram, enfim, conversa da treta.
Em suma, antes havia movimento hip hop, hoje apenas existe hip hop e o único local onde se pode ver isso ao vivo é no Bahía (Ecletismo Poético). Existem alguns bons rappers, só que procuram problemas, antes as coisas não chegavam a certos extremos.
Hoje também há mais facilidades no lançamento de obras discográficas, antes não existia isso ou nós é que não sabiamos. As coisas eram feitas por amor, hoje são mais pelo dinheiro. Eu faço pelos dois (60% por dinheiro e 40% por amor)

Quais são os principais condimentos para ser um bom Mc?
Em 1º lugar o Mc tem que ser verdadeiro, no sentido de abraçar e defender os seus ideais até o último reduto. Se ele fizer som de festa, que faça até a morte, se for underground, que o seja até a morte. Aproveito pra dar um shout out ao Big Nelo, ele defende aquilo em que acredita.
Em 2º tem que haver entrega, dedicação, o Mc tem que ter convicção. Mesmo que seja mentira o que ele disser, tem de o fazer de maneira que quem ouça acredite.
3º Tem que ser autêntico, ser mesmo único.
E tem que saber rimar, perceber de mêtrica, todos os tipos de rimas: as cruzadas, interpoladas, brancas, emparelhadas.

Já agora, quem é o seu Mc favorito?
Internacional: Great HOVA. Nacional: Eu.

E produtor?
Dos nacionais Mad Contrário, Bu Square, Baby Macho, LC, Rap Boy, NK, F2, Tucho. A nível internacional gosto do trabalho do Swizz Beatz, Timbaland, Bangladesh, Dark Child, Just Blaze, Dr. Dre, Pollow the Don e Dj Premiere.

Porquê que não está filiado a nenhuma label?
Em 1º lugar porque acho que as labels tiram o protagonismo do artista, depois, acho que não há quase nenhuma label aqui no verdadeiro sentido da palavra. O que há são alguns indivíduos que reuniram condições para abrir um estúdio, reuniram amigos e amigos dos amigos que gostam de hip hop, mas só como passatempo, o profissionalismo é quase nulo.
Há alguns dias, numa conversa com o Young D, ele focou um ponto que eu nunca tinha pensado. Pra uma label, se o disco de um artista bate na rocha ou não atinge a proporção que podia alcançar, pra eles é só mais um disco de um artista. Depois eles pegam noutro artista e começam algo totalmente diferente com esse segundo, e o primeiro simplesmente esquecido.

O lançamento dos 2 volumes da mixtape “O especialista”, foi de certa forma uma preparação para o álbum “Sob escuta”?
Não de todo. O álbum vai ser muito diferente daquilo que o pessoal está habituado a ouvir do Abdiel, será sempre na linha hip hop mas sem falar muito de rap, o álbum é para quem gosta de música, terá um pouco de hip hop actual, ao estilo Timbaland mas será também electro e nele vou falar mais para as senhoras. Digamos que o especialista foi um exercício de rap, há instrumentais que gosto e nos quais gostaria de cantar e é isso que eu faço nas mixtapes. Em alguns baseio-me nas músicas originais, em outros nem por isso.
Aproveito pra informar que “O Especialista” vai até ao volume 10, o 3 já está pronto e desta vez terá capa (rsrsrs).

Por falar em senhoras, quem ouve e conhece os sons do Abdiel, pode dar-se conta que aborda sempre as mulheres de uma maneira um tanto bruta, seca, com expressões que podem ofender a moral femenina (“Eu não maio, eu tch***).
Sobre as mulheres, essa expressão não quer dizer que eu vou com qualquer uma, não sou mesmo fácil. Mas também não descrimino: gorda, chinesa, albina, tetraplégica, pra mim mulher é mulher desde que tenha uma áurea que me faça querer estar com ela, pois o que pra mim é água, pra outros pode ser vinho.
Mas de facto algumas senhoras têm comportamentos indecorosos, passando por desfrutáveis aos olhos da sociedade. So sei que agora existe “muita gaja” e “pouca dama”. Se não for moda, festas, novelas, motas e fofoca, o quê que essas raparigas andam a fazer pra além de “coisas feias”?Se andarem de 1 a 31 com a mesma pessoa, tudo bem. Agora, se 1 a 31 forem pessoas diferentes, isso sim fica feio.

Que participações traz o álbum “Sob escuta”?
Bem, no microfone teremos Vui Vui Duval (dos Kalibrados), Dji Tafinha, Corleone (dos Absolutos), Lil Jorge, Lukeny Pitchula, Sara, Mad Contrário e nesse momento estou a tentar conciliar o tempo pra ter também a Pérola e o Erick Shine.

Ainda acerca da preparação do álbum, quais são as expectativas?
Quem tem expectativas são as mulheres e as crianças. Eu tenho uma meta a alcançar e usarei todos os meios bons e não tão bons para alcançar o fim. Por outro lado, o álbum traz músicas fixes e músicas muito fixes, que não deixarão de ser imprescindíveis e indispensáveis para quem gosta de ouvir bom rap em português. Os atrofios estarão mas sem palavrões e os demónios estarão soltos.

Além disso, está envolvido em outros projectos?
Sim, nomeadamente a criação de outras mixtapes, quero usar instrumentais nunca antes usados, com beats de produtores da banda. Não vou chamar de mais um álbum porque não vou trabalhar nele como se fosse pra o álbum. To a trabalhar a 110% no álbum do Corleone (Absoluto) e na 1ª Mixtape oficial dos Absolutos com o Corleone e o Ruzenox.

Quando não está a a dropar está...
- A pensar em dropar
- A namorar
- A ter e a resolver probelas com a minha senhora
- A viver em grande com os meus cientes no alvalade, não na banda, no Hotel
- To na rua atrás do kumbú (80% do meu tempo)
entrevistado por:MissDjei
fonte:LusoHipHop

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

V. A. - PRIMEIRO PASSO [mixtape]


Já a algum tempo (pra ser sincero já a muito tempo) prometi postar esta mixtape, mas por alguns motivos não foi possível postar na época, mas como mais vale tarde do que nunca, aqui está a mix. "Primeiro Passo" é a mixtape do nigga Valdano aka VA, lançada neste ano. V. A. é um rapper residente na cidade do Lubango, membro da produtora/crew New Shine. Baixem o mambo e comentem...

Tracklist

01 - Intro
02 - The Block
03 - Interlúdio
04 - Money
05 - I am From New Shine
06 - Ser Real
07 - Best Friend
08 - Fenómeno
09 - Street Life
10 - Trajectória

domingo, 20 de setembro de 2009

TRINDADE - BLACK SIDE [promo tracks]


O boy Trindade está a finalizar a sua mixtape com o título "Black Side" e terá várias participações entre elas as dos rappers: Lil Gil, Alwayz, Killa Bah, Hermético, Pianex, Ally Dogg, Sinatra, Inseine e outros. O boy acaba de lançar pras ruas 3 promo tracks e uma diss track pro people sentir o que está a caminho!! Curtam o mambos...

3 Promo Tracks
Cuidado Com a Boca (diss track)
fonte:HipHopNamibe

NGA vs MADKUTZ - MIXTAPE PREVIEW [vídeo]

COMENTÁRIOS DE JKILLA - HIP HOP NA NOSSA SOCIEDADE [vídeo]

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

POLÊMICA DE KANYE WEST E TAYLOR SWIFT, E ATÉ BARACK OBAMA [VMA]

O MTV Video Music Awards, que aconteceu neste domingo (13 de setembro), foi palco de uma cena inusitada protagonizada pelo rapper Kanye West, que interrompeu um discurso de agradecimento da cantora country Taylor Swift.

Kanye subiu no palco enquanto Taylor Swift, agradecia o prêmio de "Melhor Vídeo Feminino", conquistado com seu hit "You Belong With Me" que superou cantoras como Beyoncé e Lady Gaga.

Kanye West disse "Estou realmente feliz por você (Taylor), mas a Beyoncé tinha um dos melhores vídeos de todos os tempos".




Na terça-feira (15 de setembro), a cantora country Taylor Swift participou do programa The View, onde falou sobre o polêmico incidente com o rapper Kanye West, que aconteceu enquanto ela fazia seu discurso de agradecimento no VMA.

Acho que o meu processo de pensamento era algo tipo: "Uau, eu não acredito que ganhei... Isto é fantástico, não tropece e caia. Eu vou agradecer aos fãs, isso é muito bom, Oh, o Kanye West está aqui! Gostei do corte de cabelo, o que você está a fazer aqui? E então... Ai! E Então... Eu acho que não vou poder agradecer aos fãs" disse Taylor no The View.

Representantes do The View divulgaram que West ligou para Taylor após sua participação no programa para se desculpar. Taylor disse mais tarde "O Kanye me ligou e foi muito sincero em seu pedido de desculpas, e eu aceitei essas desculpas".

Equanto isso Barack Obama...

Em "off" chama Kanye West de "jackass", o mesmo que "idota", por causa da indelicadeza do rapper com a Taylor Swift no MTV VMA 09.




PS: Kanye West já se desculpou em público e disse que assim que devolveu o microfone à cantora, percebeu que estava errado.

“Isso foi rude, ponto final”, disse West ao Jay Leno. O rapper também afirmou que gostaria de pedir desculpas à cantora pessoalmente e que agora vai refletir sobre sua conduta. “Eu nunca tirei uma folga de verdade, você sabe, música depois de música e turnê atrás de turnê. Eu estou envergonhado porque a minha dor se transformou na dor de outra pessoa. Eu não quero dar desculpas porque eu fiz algo errado e ponto final. Mas depois disso eu preciso tirar algum tempo de folga e analisar o que vou fazer pelo resto da vida, como eu posso melhorar”, disse Kanye enquanto limpava as lágrimas da cara.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

BOSS AC - ACABOU [vídeo]

50 CENT - BABY BY ME [original + remix + todas versões]


50 Cent está a adiar o lançamento do Before I Self Destruct desde o ano passado, só este ano já adiaou 8 vezes (se não me engano), a última data anunciada para o lançamento é 17 de Setembro. Equanto o álbum não chega curte o primeiro single deste álbum (1º da versão final), o título é "Baby By Me", a versão original da track tem a participação de Jovan Dais, e o remix conta com a participação de Ne-Yo, dizem que no vídeoclipe vem a versão com o Ne-Yo. Curtam o mambo...

DOWNLOAD [original]

DOWNLOAD [remix]


Para fazer o download de todas as versões desta música, que inclui a versão original e remix nos modos clean, dirty, acapella e instrumental, clique aqui.

SINATRA - SEMPRE BEM PAUSADO


Esse nigga Sinatra não pára ya... Nesta semana ele decidiu mandar pras ruas duas tracks, depois de "Respeitem o Meu Hustlin" o mano lança agora "Sempre Bem Pausado" com a participação do nigga B.G. aka Mr Wonder. Curtam o mambo...


A MURDER BEATS APRESENTA...

YOUNG WILL & LAMP BOY - MIXTAPE VOL. 1


TRACKLIST

01.Intro(Prod. By Young Will)
02.Young Will - Swagger(Ft. LaMp BoY)(Prod By Young Will)
03.Young Will - Eu gosto, Eu quero, Eu amo (Ft. Sweet Girl)(Prod. By Young Will)
04.LaMp BoY - Mexe bem(Ft. Young Will & Pezão)
05.LaMp BoY - Huslter
06.R. Kelly Ft. Young Will & LaMp BoY - Club To A Bredroom(Remix)
07.Young Will - Sonhador(Prod. By Young Will)
08.LaMp BoY - Hoje a Festa é Nossa(Ft. Young Will)(Prod. By Young Will)
09.LaMp BoY - L.A.M.P pt.2(Prod. By Young Will)
10.Young Will - Baila que Baila(Ft. LaMp BoY & Sasquatch)(Prod. By Young Will)
11.LaMp BoY - Quero Voce
12.LaMp BoY - Agradecimentos

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OS CASTORES PIRADOS - O INICIO



TRACKLIST

01 - Making Money
02 - Faço Assim
03 - BABY GIRL
04 - I'm Rolling
05 - King Kong
06 - Club Music
07 - Cai no Rock
08 - Shawty Sexy
09 - Vou pro Club
10 - Carro, Grana e Panos(Ft. Fat Bobil)
11 - My Wallet
12 - Mexe Bem
13 - Hey How
14 - Baila Que Baila
15 - OCP CITY
16 - Rap Game
17 - Stand Up
18 - O$C$P ft. Diprach- In the V.I.P

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MURDER BEATS - THE EMPIRE VOL. 1


TRACKLIST

01. Shawty
02. Cai no rock
03. Freestyle
04. Making Money
05. In the V.I.P
06. My Wallet
07. O sonho
08. Make it Rain
09. Freestyle
10. E você
11. Gueto
12. Faço o que gosto
13. Freestyle
14. Cai no rock
15. Killa
16. Eu quero te amar
17. Intrumental
18. Instrumental

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LAMP BOY - THE BOSS VOL. 1

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YOUNG WILL - INSTRUMENTAIS


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VÍDEOS








Clique aqui para ver uma entrevista recente feita aos Castores Pirados (Young Will & LaMp BoY).

terça-feira, 15 de setembro de 2009

DON G - TODO PEOPLE [vídeo]

50 CENT - BEFORE I SELF DESTRUCT [tracklist]



Tracklist

01.Intro
02.Combat Mode /produced by Eminem
03.Ok, You're Right /produced by Dr. Dre
04.Here We Go /produced by Havoc
05.Norman Bates Motel featuring Eminem /produced by Dr. Dre
06.Immature featuring Tony Yayo /produced by Sha Money XL
07.She Likes My Style /produced by Red Spyda
08.Three Cubes featuring Dr. Dre /produced by Timbaland
09.Sunday Morning /produced by Sha Money XL
10.Baby By Me /produced by Polow Do Don
11.Get Rich Or Die Tryin' featuring Lloyd Banks & Havoc /produced by Havoc
12.They Burn Me /produced by Hi-Tek
13.Set It Off /produced by Timbaland
14.Cry Honey, Cry /produced by Dr. Dre
15.Strong Enough featuring Nate Dogg /produced by J.R. Rotem
16.9th /produced by Dr. Dre
17.Vector Limit /produced by Jake One
18.Ill-Usion featuring Eminem & Slim Da Mobster /produced by Eminem
19.Destruct /produced by Dr. Dre

BLACK GENUINO - TA VIR BONGÓ [vídeo]

SINATRA - RESPEITA O MEU HUSTLIN


Sinatra está de volta, asim como ele tinha prometido, aqui está a track "Respeita o Meu Hustlin", correspondente à 4ª semana. Curtam o mambo...

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BIDGÉ [biografia + mixtape + outros sons]

Sou o Bidgé a.k.a o FlyBoy, meu nome Verdadeiro é Miguel Mateus Gomes, Sou Angolano, de Luanda, faço RAP, porque gosto e amo muito esta cultura, curto RAP desde o primeiro Album dos SSP, cresci a curtir SSP, e digo que eles influnciaram muito este boy.

Mas comecei a escrever mesmo em 2003, primeiro poesias românticas, vi que muitas destas poesias, poderias ser cantadas, então comecei a escrever mesmo pra cantar RAP, neste mesmo ano na Escola onde Estudei Makarenko, havia sempre sessões de Freestyle, os chamados rompimento, era apenas plateia, curti ai muitos Mcs que agora já têm álbum, como Xtremosigno, Boy G, Hernani (X da Questão), Vui Vui (kalibrados), Lill Jorge, Jorge O Rey da Selva meu granda Camba (New Crew), Dr. Flou, e muitos que passaram naquela school, conheci algumas pessoas, como o Carlos Fashion, Enrgtiko, comecei a fazer RAP com estes niggaz, que até agora não xqueci.

Comecei a gravar as minhas first Tracks na Tem Shine, meus niggaz, depois de alguns anos, o meu Camba Levítico, apresentou-me o meu Nigga que hoje considero como irmão o K.C, meu produtor, achei montar o meu Home Studio, que me deu bué de salo pra xcolher o Nome, até que consegui, e Chamei de FLYHOUSE, o meu Home Studio, no meu Quarto, comprei umas colunas, microfone, mesa e tudo mais que era necessário pra começar a fazer captação de voz.

Agendei então gravar uma Mixtape para o pessoal me conhecer e assim marcar o meu nome, consegui os bits que curtia muito, comecei a fazer as captações, convidei os meus cambas para fazerem parte do mambo em algumas músicas, levou ai dois meses Para concluir a mix “VARRENDO AS RUAS DE LUANDA”, porque sempre que acordava pelas manhãs gravava, depois de gravar todas as tracks, arranjei dinheiro para comprar os discos e comecei a editar, todas as mixtapes ofereci, não vendi nada.

Agora to com uma nova produtora que é a New Production, to a bumbar lá o meu Single que se chamará “tapete vermelho” já tenho umas musicas gravadas, do single, e to a gravar também uma Mixtape que é a “Cidade Sob Pressão” saíra em Dezenbro deste ano ainda não tem data, mas quase todas as tracks tão gravadas.

VARRENDO AS RUAS DE LUANDA
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OUTRAS TRACKS
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TWISTA_CATEGORY_F5_[2009]



Artista: Twista

Título: Category F5

Label: EMI

Ano: 2009

Duração: 58 min

Tracklist

01. Misunderstood Ft. Buk Of Psychodrama
02. American Gangsta
03. Fire Ft. Lil Boosie
04. Talk To Me
05. Yellow Light Ft. R. Kelly
06. Walking On Ice Ft. Gucci Mane And OJ Da Juiceman
07. Wetter Ft. Erika Shevon
08. Billionaire Ft. Busta Rhymes
09. Yo Body Ft. Do Or Die And Johnny P
10. Hustla
11. Gotta Get Me One Ft. Static Major
12. On Top Ft. Akon
13. Jump Off
14. Wanna See 'Em Buss Ft. Liffy Stokes
15. Birthday


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ENTREVISTA AO DJI TAFINHA [sobre o Relatório]


Dji Tafinha, acerca do som “relatório”, foi resultado da conversa que se ouve no final da musica, ou, já havia antecedentes?
o dia da conversa no estúdio (mencionada na música), foi só uma gota de água. Senti necessidade de mostrar que nem sempre as coisas são o que parecem, já tinham acontecido algumas coisas, como se pode perceber nas músicas promocionais da mixtape do Kid (Breves Considerações), onde ele frizou “hardcore/lançar dois discos num ano/tentar ganhar o respeito que um dia tiveste” e outras cenas que qualquer pessoa que oiça hip hop vai saber que foi pra mim.
Isso não é um beef simplemente para ouvir, a minha intenção principal foi chamar a atenção do Kid, faze-lo reflectir e, se prestarem bem atenção verão que é mesmo um relatório, porque não começo o som logo a falar dele ou pra ele, faço uma pequena resenha, falo de coisas que passaram com outros artistas e grupos, que por vezes as pessoas comentam e não sabem onde tiveram origem. É uma música direcionada ao Kid, pra ele por a mão na consciência e saber que eu não preciso de provar nada, acerca do que fui e do que sou agora. Pois afirmo que agora sinto-me mais artista, mais completo e, ter lançado dois discos no mesmo ano, foi porque tive objectivos diferentes com cada um deles.

Kid Mc afirma “só liricistas como Valete estão a meu nível”. Acha que podemos colocar estes dois artitas na mesma balança?
Nem sequer penso nisso. O Kid tentou e até certo ponto conseguiu impor-se, fez por se afirmar e até o conseguiu, so que afirmou-se da forma certa mas com o conteúdo errado. Teve a sorte de ser apadrinhado pelo Samurai, foi bem recebido no underground e, pela madtapes lançou um álbum, coisa que a produtora já não fazia há algum tempo. O próprio Samurai é o principal responsável por aquilo que o Kid é, porque ele só é o que o Samurai é, e ele mesmo mudou e muito a estratégia ao trabalhar com o Kid, mostrou uma Mad Tapes mais flexível, menos fechada ao mundo, apostou no merchandising, incrementou coisas ao próprio blog que é o mais antigo, mais visitado e respeitado de hip hop do país, que hoje posta até cenas de sapatilhas, não se restringe ao underground. O Kid surge algum muito tempo depois do último lançamento da produtora, que foi o meu álbum “Noites em Branco”. Apesar das diferenças, nunca senti inveja do Kid por isso, não me senti menos valorizado, antes pelo contrário, fiquei satisfeito porque o Samurai aprendeu a promover mais os artistas, e em relação á altura em que fazia parte da madtapes, que foi bem na altura em que comecei, não tenho como agradecer ao Samurai por ter ajudado a me tornar no Tafinha que sou hoje. Lembro-me de uma das primeiras coisas que ele me disse “estar sempre preparado para ser disparado por qualquer flanco”.

Kid Mc ainda não se pronunciou sobre a musica. Qual espera que seja a reacção dele?
Honestamente, não acredito que ele vá responder precisamente ao som, pelo menos não na medida em que este foi feito, e porque, não acredito que ele tenha mais coisas a dizer sobre mim, porque o que havia já foi dito, tipo hardcore/um disco no verão e outro no inverno, enfim. E como eu ja disse, eu não fiz o som pra ele responder, mas sim pra ele parar e pensar nas coisas que tem feito e no que ainda vai fazer.
Mas se houver uma resposta, estou preparado para o que der e vier, eu assumo o barulho, tenho consciencia que as coisas que disse foram com cabeça, tronco e membros.
Só para que conste: o Kid esteve ontem (08.09.09) á tarde em minha casa, tivemos uma conversa simples, curta e objectiva.
Sei que há muitas pessoas á espera da resposta mas, sinceramente depois da conversa, não sei se ele vai responder ou não, porque o Kid é apenas um ser humano, ele falhou e eu apontei essas falhas.
Aproveito fazer uma chamada de atenção aos outros que tiverem a intenção de fazer o mesmo, eu to preparado pra tudo.

Notícias: o meu próximo álbum está pra breve, quase pronto mesmo. Será lançado depois do álbum do Sandocan que sai já daqui há pouco. O título do álbum é “Rapaz Maravilha”

E deixo esse recado: Freakshino/Army Music Bi***

Link para download da entrevista no Eclético FM:
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fonte:LusoHipHop